sexta-feira, 21 de junho de 2013

Suzuki anuncia retorno à MotoGP para 2015




Depois de ter estado em evidência no dia de teste oficial pós-GP da Catalunha, que ontem se realizou no circuito de Montmeló, os inúmeros fãs do MotoGP, e especialmente da Suzuki, ficaram ainda mais surpreendidos com a recusa da marca japonesa de regressar à competição em 2014 preferindo esperar mais um ano.



Se a nova Suzuki “XRH1” – como o protótipo é atualmente denominado – conseguiu na sua primeira aparição em público rodar a “apenas” sete décimas do melhor tempo do teste, obtido por Jorge Lorenzo, mas mais do que isso, tendo a moto permitido a Randy de Puniet rodar consistentemente em tempos muitos semelhantes e competitivos sem mostrar qualquer problema técnico, então quais as razões que levaram a Suzuki a alterar os planos de regressar em 2014?



Depois do primeiro dia de teste na Europa ter sido classificado como um sucesso, o diretor do projeto de MotoGP da Suzuki, Satoru Terada, acedeu a revelar as razões do adiamento. De acordo com este responsável da Suzuki, o desafio que a marca enfrenta divide-se em duas partes.



O primeiro desafio que a Suzuki terá de ultrapassar é a eletrónica que será instalada na XRH1. De momento a moto tem instalado o mesmo sistema eletrónico que a marca usava na antiga GSV-R 800, fabricado pela Mitsubishi com especificações “secretas” e únicas para a moto da Suzuki.



Dado que a Dorna alterou as regras neste particular, obrigando as equipas de fábrica a utilizarem a eletrónica de controlo Magneti Marelli a partir de 2014, a Suzuki tem ainda de conseguir “transplantar” os seus parâmetros específicos e alterar esses parâmetros para que a sua moto continue competitiva usando uma centralina “generalista”.



Este trabalho, de acordo com Satoru Terada, apenas começará a ser feito no início do outono deste ano, o que inevitavelmente levará a que a Suzuki não consiga garantir que a moto estará pronta a competir de igual para igual no início de 2014. De realçar que a Suzuki ainda não escolheu definitivamente qual a eletrónica a utilizar e, por isso, essa decisão acaba por se refletir no segundo desafio que a marca tem de enfrentar neste regresso: o consumo de combustível!



De acordo com as novas regras da Dorna, as equipas de fábrica que pretendam, podem continuar a desenvolver a sua própria eletrónica – a Yamaha e a Honda já disseram que o vão fazer -, mas em contrapartida vão sofrer uma penalização ao nível do combustível que podem utilizar em corrida, mais concretamente, a quantidade de combustível colocada nos depósitos das motos.



Caso a Suzuki pretenda manter a eletrónica Mitsubishi, e sendo uma equipa de fábrica, o seu protótipo apenas poderá levar em corrida um máximo de 20 litros de combustível. Conseguir completar uma corrida de MotoGP de 120 km pode ser uma “missão impossível”, inclusivamente a Yamaha já está a encontrar muitas dificuldades para o fazer este ano utilizando 21 litros.



Aos jornalistas presentes em Montmeló, Terada afirmou que “isto (consumo de combustível) é muito complicado para nós. Teremos de trabalhar muito ao nível do consumo de combustível”, um desafio que a Suzuki encara como sendo razão mais do que suficiente para adiar o seu regresso ao MotoGP.

Fonte:
Motociclismo.pt

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