quarta-feira, 12 de junho de 2013

Teste Yamaha XT 1200Z SUPER TÉNÉRÉ, um mês ao guidão - Parte 3




O intenso contato de Quinho Caldas com a Yamaha XT 1200Z Super Ténéré foi coroado de sucesso. A principal razão? Quinho usou a maxitrail no seu território favorito, a estrada. Tendo como destino o circuito de Curitiba, onde se desenrolaria a segunda etapa do campeonato MotoGP 1000, Quinho tirou nesta viagem uma certa má impressão que teve no seu contato inicial com a moto alvo deste UM MÊS AO GUIDÃO. De fato, foi Quinho a conduzir a grande Yamaha recém-entregue de volta à sede da empresa em Guarulhos, com o objetivo de instalar as malas laterais que acabaram sendo esquecidas na entrega.



Realmente encarar o trânsito pesado da capital paulista até Guarulhos, às instalações pioneiras da Yamaha, foi algo de traumático no que pese a razoável agilidade desta grande moto. Uma das razões estava no banco, do qual não havia sido ainda retirado o espaçador e assim, a moto que já é por sí bem alta, ficou bem incômoda para o piloto ao qual falta estatura mas sobra experiência. Na volta de Guarulhos, a supresa foi ver que mesmo com as malas a Super Ténéré não se enrosca demais nos congestionamentos, mérito das bolsas que não são exageradamente largas e do guidão, que é, e funciona como um delimitador: se passou o guidão, passa o resto.



Porém, como dito no início, foi nesta viagem de final de semana à Curitiba que Quinho pode efetivamente saborear as qualidades da aventureira. E ele conta como foi: “Saí bem cedo de São Paulo, com o clima ajudando, céu limpo e temperatura agradável. Além disso encontrei a rodovia Régis Bittencourt sem muito movimento, verdadeiro milagre atualmente. Bastaram apenas algumas dezenas de quilômetros para confirmar que a rodovia é o verdadeiro território da Super Ténéré e o mais difícil não se exceder na velocidade. Qualquer descuido leva a superar a velocidade permitida por lei, e não por pouco. Estável, esta Yamaha transmite uma impressão de segurança e solidez que leva a velocidades altas sem que se perceba.”



Tendo percorrido quase 900 quilômetros durante o final de semana, Quinho teve tempo de analisar aspectos importantes desta maxitrail: “A posição de pilotagem é, para mim, praticamente perfeita. O único senão ficou por conta da altura da bolha, uma versão opcional, maior que a que vem na moto originalmente. Apesar de bem protetiva em caso de chuva ou frio, em alta velocidade notei uma forte turbulência que gerou ruído excessivo no capacete. A solução, fácil, foi apenas encontrar a melhor altura através da regulagem que porém, exige ferramenta para tal. Algo que também me chamou a atenção foi a eficiência dos freios dianteiros. Já o freio traseiro não acompanha, sendo pouco sensível. Outro ponto que não gostei foi do exagerado ruído mecânico do motor especialmente ao ligá-lo. A rumorosidade quase passa quando o motor esquenta e o óleo circula, mas resta um motor mais barulhento do que o seria adequado. O mesmo pode ser dito sobre o consumo de combustível, que assusta um pouco mesmo se sabemos que um motor de motocicleta de 1.200 cc não pode ser exatamente econômico. Mas devo confessar que o ritmo da viagem foi muito forte, o que claramente não ajudou a obtenção de boas marcas de consumo. Um ponto que realmente não gostei fica por conta do marcador de combustível, que acaba dando alguns sustos pois, de um momento para outro, as barrinhas indicadoras despencam rapidamente, tornando a visão de qualquer posto de gasolina algo muito agradável.”



Nas mãos de Quinho a Super Ténéré bateu o recorde de consumo… negativo deste “UM MÊS AO GUIDÃO” até agora, 12 km/l cravados, Apesar disso, Quinho afirma que nunca fez um bate e volta entre SP e Curitiba de maneira tão confortável: “É incrivel, cheguei a Curitiba como se tivesse ido de SP até Campinas, ou seja, 400 km pareceram menos de 100 no lombo desta Yamaha. Voltei na sequência e o consumo me fez ficar alerta com os postos, mas confesso que não poupei o acelerador. Em ritmo de viagem mais calmo certamente ela seria mais economica, mas desconfio que não muito. Talvez 15 ou 16 km/l sejam seu melhor resultado, veremos no decorrer do teste. Porém o que se destaca dessa grande quilometragem de meu fim de semana é o tremendo conforto desta Yamaha. Gostaria mesmo de ter uma dessas pois, apesar de seu tamanho, ela é maneável, fácil de pilotar e muito equilibrada. Percebe-se que é resultado de um projeto muito cuidado e que tem o claro objetivo de desbancar a atual rainha do segmento, a BMW R 1200 GS.”


Continua - (será postado amanha)
Fonte: Revista M.

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