quinta-feira, 13 de junho de 2013

Teste Yamaha XT 1200Z SUPER TÉNÉRÉ, um mês ao guidão - Parte 4




Mesmo em uma semana chuvosa na capital paulista e ainda por cima reduzida por conta do feriadão de Corpus Christi, a Yamaha XT 1200Z Super Ténéré não ficou parada, arranjando um “cliente” para seu guidão, um dos mais disputados desde que iniciamos nossos “UM MÊS AO GUIDÃO” em janeiro passado. E foi ele, nosso mecânico-colaborador Decino de Oliveira a levar a XT 1200Z a uma curta mas reveladora viagem até o interior paulista, mais exatamente à cidade de Louveira. Decino rodou menos de 200 km mas não foi este seu primeiro contato com a XT 1200Z, claro, uma vez que além de ter entre seus clientes da oficina Moto-Hobby alguns donos da aventureira japonesa, o colaborador participou da viagem-teste da Super Ténéré com a Kawasaki Versys 1000 e a Honda XL 700V Transalp, publicada na edição 198 de MOTO (junho/2011). Aliás, era esta mesma unidade por sinal, e que agora já mostra mais de 22 mil km rodados.



A transmissão final por cardã: ponto alto

E é por aí que Decino começa, comentando a longevidade que este modelo pode ter, se bem cuidado, claro: “essa quilometragem não é nada para uma XT 1200Z, de motor grande, robusto, transmissão final por cardã praticamente isenta de manutenção, um chassi forte e suspensões superdimensionadas. Essa moto é daquelas que exigem muita malvadeza do dono para dar problema. Sob este aspecto da resistência o trecho que fiz com ela é insignificante. Fui e voltei à Louveira pela Via Anhanguera, rodovia bem asfaltada e que no seu trecho próximo a São Paulo é bastante sinuosa, uma delícia de encarar com uma moto boa de curva. E é o caso, pois a Super Ténéré engole uma depois da outra, pedindo mais. Aliás, o acelerador é daqueles que enganam, pois em um piscar de olhos se lê 180-190 km/h no velocímetro que, juro, não se percebem. É uma moto sólida, grudada no chão.”



Faróis auxiliares e para-brisa, destaques.

Apesar de estar com um pneu dianteiro em vias de dizer adeus, o colaborador exalta o comportamento preciso desta Yamaha. “A Super Ténéré é uma moto que transmite segurança pela resposta do motor, dos freios e da parte ciclística em geral. A posição de pilotagem para mim é das melhores e minha acompanhante disse que essa é uma das motos mais confortáveis em que andou. Os seja, se a idéia é uma moto para viajar, a Super Ténéré é uma candidata ao pódio. Talvez pelo seu tamanho ela intimide quem não seja tão alto ou não se considere muito hábil ou forte, mas eu acho que ela é fácil. Também as manobras de garagem não são complicadas e eu, com o banco na posição mais baixa, não tive nenhuma dificuldade com meu 1,70m. É claro que com tanque cheio e bagagem manobrá-la ou rodar em baixa velocidade não é exatamente uma situação que favoreça a tocada desta Yamaha, mas garanto que tem moto menor e mais leve que é bem pior.”




Comando do aquecedor de manoplas: tosco.

E o que não agradou Decino? Pouca coisa, e nenhuma muito importante: “Achei o barulho do motor feio assim como o motor de partida dá a impressão que a bateria está descarregada e que a moto não vai pegar. Outra cosa feia é o controle do aquecedor de manopla, que apesar de acessório original parece um genérico comprado no camelô. Outro ponto questionável é o farol, especialmente o alto, que deveria ser mais potente. Já do lado das coisas muito positivas, adorei a bolha para-brisa e os defletores, que oferecem enorme conforto e proteção. A iluminação oferecida pelos faróis auxiliares também é ótima assim como as malas laterais e as bolsas dentro delas, uma idéia ótima e que facilita a vida. No entanto o sistema de abre-fecha e do engate das bolsas à moto, de plástico, estava duro demais e precisa de lubrificação. Feito de plástico rígido, lama e chuva deixaram meio travado, difícil de operar.”



Dentro das malas há bolsas de cordura removíveis.

E quanto ao consumo, o que consegui Decino em seu trajeto 100% rodoviário? “Consegui 16 km/l rodando com garupa e sem economizar o acelerador. Acho a marca boa mesmo porque tenho o parâmetro de uma moto que tive, concorrente da Super Ténéré, a Honda XL 1000V Varadero, que nesse tipo de uso teria consumido o mesmo apesar de ter um motor menor.”



O depoimento de Decino é outro que comprova a eficiência da maxitrail da Yamaha, e tem valor especial pois vem de um profissional da oficina que considera também aspectos técnicos e de manutenção em suas considerações. E das mãos dele a Yamaha XT 1200Z Super Ténéré passou às mãos de outro colaborador bem atento, e cujo depoimento você verá aqui amanha, não perca!


Continua - (será postado amanha)
Fonte: Revista M.

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