segunda-feira, 17 de junho de 2013

Teste Yamaha XT 1200Z SUPER TÉNÉRÉ, um mês ao guidão - Parte 6




Na sexta parte do nosso teste de UM MÊS AO GUIDÃO, quem assumiu o guidão da Super Ténéré foi o fotógrafo Gustavo Epifânio, que além da paixão pela fotografia, é fã assumido das motos trail, sejam elas pequenas ou grandes como a “Super”.

Dos 226 km rodados por Gustavo, 180 km foram em estrada e 46 na cidade. Em uma tranquila viagem a Indaiatuba, interior de São Paulo, nosso fotógrafo alcançou a ótima média de consumo de 20,5 km/l, marca esta que é o recorde da Super Ténéré desde o início da avaliação (a melhor marca anterior era de 16,95 km/l). Qual a mágica? Gustavo explica: “O que ocasionou esse baixo consumo foi a constância na aceleração. Mantive a velocidade sempre na casa dos 110 km e,  além disso, fiquei atento ao dosar de maneira gradual o acelerador. Tanto nas arrancadas quanto nas retomadas usei o acelerador de modo progressivo”. Sem mistério: o colaborador aplicou a receita clássica da economia, deixando o motor trabalhar de maneira a suave, permitindo à moto ganhar velocidade abrindo o mínimo o comando do acelerador, além de manter velocidade contida. Gustavo complementou: “apesar do poder do motor de 1.200 cc da Super Ténéré  me permitir levá-la a mais de 200 km/h, gosto de viajar tranquilo, e como não tinha um horário à cumprir decidi curtir o conforto que moto oferece na estrada, sem estresse”.



Além da boa proteção contra o vento oferecida pelo para-brisa – maior na unidade testada por se tratar de um acessório opcional –, Gustavo teceu elogios ao painel de instrumentos, sobretudo a sua iluminação. “O fato de na volta de Indaiatuba ter viajado durante o período noturno possibilitou que eu notasse o quanto ele é legível e prático. Achei-o completo, apenas senti falta de um botão junto ao punho de luz, para as funções do computador de bordo, que informa o consumo instantâneo, e consumo médio e a temperatura do líquido refrigerante e do ambiente.”

Graças a viagem noturna de Gustavo Epifanio, ele também pôde avaliar o poder de iluminação da maxitrail da Yamaha. E ele foi mais um a criticar a potência do farol duplo e elogiar os faróis auxiliares. “Se eu tivesse um moto como essa também instalaria o par suplementar. Em alguns momentos o farol original deixa a desejar.” E foi esta insatisfação com a iluminação de uma moto que, em princípio, tem nas viagens sua especialidade que fez Gustavo observar mais atentamente o conjunto ótico da Super Ténéré e… bingo! Nosso atento fotógrafo descobriu que na proteção acrílica instalada pela fábrica na unidade testada, há uma pequena, quase imperceptível, inscrição: “for off-road use only”. Ou seja, a proteção é feita para uso específico em fora de estrada, e portanto deve comprometer a eficiência do farol em situações normais de uso. O quanto? Saberemos logo, pois ela será retirada para a fase final do teste



Outro questionamento levantado por Gustavo Epifanio teve como alvo o sistema que trava as malas laterais em seus encaixes.  Segundo Gustavo o sistema é bem projetado e funcional, mas a exposição à sujeira – chuva, fuligem, poeira ou terra – torna o funcionamento das tais travas difícil de operar. Feitas de material plástico, rígido, Gustavo considerou que se a moto for utilizada na terra ou lama o dono terá problemas para acionar o mecanismo. Além disso, o revestimento exterior de alumínio é frágil, fácil de amassar e riscar.




Sob a lateral esquerda está o radaidor

Gustavo, que pilota motos há mais de 25 anos, também chamou atenção para o calor direcionado para a perna esquerda quando a ventoinha é acionada. Segundo ele, o ar quente não foi causa de grande incômodo, já que durante sua avaliação da maxitrail a temperatura ambiente não estava elevada, mas a coisa pode mudar de figura em dias quentes ou em regiões com temperatura altas.



O radiador é pequeno para um motor 1.200cc

Questionado se compraria ou não o modelo da Yamaha, Gustavo foi curto e grosso: “Com os R$ 59.900 cobrados por ela – sem opcionais como as malas laterias, faróis auxiliares e etc. –, eu preferiria comprar um modelo de menor cilindrada, talvez mais equipada, por menos dinheiro.” Pois é: para Gustavo a Super Tenéré é Super demais, e sua satisfação com uma moto menor e mais ágil seria maior. Mas nem todos pensam assim e, para o derradeiro final de semana com a Yamaha, chamamos um colaborador que no currículo tem vários anos de guidão e… vários anos de várias BMW R 1200 GS, a rivalíssima da Super Ténéré. Veremos o que ele dirá…






Continua - (será postado amanha)
Fonte: Revista M.

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