Em entrevista publicada no blog da KTM em www.blog.ktm.com ,
o CEO da marca austríaca falou abertamente sobre as possibilidades dos fãs da
marca laranja verem as suas motos competirem em novos campeonatos ou
categorias.
Pierer nega que a KTM esteja interessada em entrar na
categoria MotoGP do Mundial de Velocidade, pois considera que, tendo em conta a
enorme quantia de investimento necessária para criar uma estrutura vencedora,
não se consegue retirar reais proveitos desse investimento.
Ao invés, Stefan Pierer olha com admiração para outras
categorias e campeonatos como o Mundial de Moto2 ou ainda o Mundial de
Superbike. Para o homem que decide como e onde a KTM irá competir, existe a
forte possibilidade da marca entrar em força tanto nas Moto2 como em SBK, isto
claro, caso a Dorna aceite algumas mudanças nos regulamentos, especialmente nas
Moto2
“Penso que o promotor do campeonato (a Dorna) já percebeu
que serão necessários vários fabricantes, ou então isto não é uma competição ou
corridas. É um troféu. Apesar de existir muita competitividade, onde é que está
a atração nisto? Suter a competir contra a Kalex? Ninguém irá pagar por isto”,
aludindo ao facto de que as marcas, neste particular a Honda por ser fornecedor
único de motores nas Moto2, não retiram proveitos do que acontece nas corridas.
Stefan Pierer pretende que a Dorna acabe com a regra de
fornecedor único de motores para as Moto2, aliás, só assim é que a KTM
conseguiria competir na categoria, mas vai ainda mais longe, ao afirmar que
“vamos fazer um bicilíndrico de 500 cc! Não será muito difícil para os vários
fabricantes de entrar nesta competição”.
Já em relação às Superbike, Stefan Pierer é mais contido nas
suas afirmações e, apesar da KTM ter conquistado alguns resultados importantes
a este nível, nomeadamente o título de campeão no IDM – Campeonato Alemão de
Superbike, a verdade é que espera que a Dorna altere as regras que permitem às
equipas competir em SBK com custos menores.
No centro das atenções do departamento de competição da KTM,
estão as regras que obrigam uma marca a apresentar números de vendas mínimos
para poder homologar determinado modelo de moto para competir no Mundial de
Superbike, ou ainda, a criação de um conjunto de regulamentos que seja idêntico
entre o mundial e os respetivos campeonatos nacionais de superbike.
Tendo estes fatores em linha de conta, Stefan Pierer
acredita que apenas dentro de dois ou três anos a marca austríaca estará a
competir no Mundial de Superbike com uma equipa própria, o que, apesar de ser
uma desilusão para os fãs, deixa no ar a hipótese de que a KTM estará já a
preparar, de acordo com o conhecimento das novas regras de SBK, uma nova
super esportiva para suceder à RC8 R que a marca tem atualmente em
comercialização.
Fonte: Motociclismo.pt
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