segunda-feira, 25 de julho de 2011

Kawasaki Z1000SX




Transformar uma tradicional naked em uma eficiente sport-touring não é nenhuma novidade no segmento — a Suzuki já fez isso com a GSX-F 1250 —, contudo, desta vez, a Kawasaki foi muito além do trivial e o resultado é que a moto que você vê nestas páginas diferencia-se das outras “Z” muito mais do que a estética pode nos fazer imaginar. É verdade que a protagonista desta apresentação compartilha o chassi e parte da ciclística com a Z 1000, contudo, ao ganhar uma bela carenagem integral, um novo tanque de combustível, novas rodas e um painel de instrumentos inédito, entre outros detalhes, podemos dizer que se trata de uma moto muito diferente.


Mas não se engane porque, apesar de a carenagem — com formas que lembram muito as esportivas da marca — sugerir um comportamento agressivo, basta colocar as mãos no alto guidão para que entendamos a verdadeira vocação desta nova Kawasaki: o moto-turismo. Definitivamente, um modelo feito para desfrutar cada quilômetro de estrada com uma dose elevada de conforto. E então, se interessou pela nova SX?



Durante a apresentação mundial desta inédita Kawa, tivemos a oportunidade de passar dois dias percorrendo boa parte das estradas da Serrania de Ronda, belíssima região montanhosa da Andaluzia, na Espanha... e voltamos plenamente convencidos das qualidades desta nova SX. Logo no primeiro contato, nos deparamos com uma moto de aparência bastante agradável. A carenagem possui um acabamento muito bom e, diferente de alguns modelos que vemos por aí, é perfeitamente proporcional ao resto da moto. 



O painel de instrumentos é nitidamente inspirado no da supersport ZX-6R, e inclui um conta-giros analógico com um display digital sobreposto, no qual o piloto encontra velocímetro, hodômetro, nível do tanque de combustível e relógio. O útil indicador informando qual marcha está engatada, infelizmente, ficou de fora. Apesar de ter passado dos 15 litros da Z 1000 para 19 litros nesta versão, o tanque de combustível proporciona um bom encaixe para as pernas e, apesar de suas grandes dimensões, não incomoda. O banco, a apenas 822 mm do chão, ganhou 1 cm na espessura e proporcionou um bom nível de conforto para o piloto, mas mesmo ganhando borrachas internas de amortecimento e 10 mm extra na largura, não se mostrou muito benevolente com o garupa. Pelo menos agora o passageiro conta com generosas alças de alumínio.



Rapidamente descobrimos as vantagens do guidão elevado em relação aos baixos semiguidões esportivos. Idêntico em altura, largura e posição ao da Z 1000, só que 1 cm mais próximo ao condutor, pilotar esta moto é sempre uma delícia, nunca uma tortura. A bolha dianteira, que pode ser manualmente ajustada em três posições, funciona exemplarmente. Se a deixarmos na posição mais baixa, abrimos mão da proteção aerodinâmica em troca de um visual mais agressivo, mas basta posicioná-la na regulagem mais alta para conseguir tudo de que precisamos em uma moto com esta característica estradeira. Além disso, a Kawasaki também preparou uma completa linha de acessórios para ressaltar a aptidão touring desta 1000 cm³. Ainda nos detalhes que incrementam o conforto da SX, destaque também para as pedaleiras de piloto e garupa emborrachadas e com fixações e contrapesos desenvolvidos para evitar ao máximo as vibrações.

No que se refere à ciclística, boa parte dos equipamentos são aqueles que já conhecemos da naked. Apesar de as rodas serem novas, o sistema de freios é o mesmo da Z 1000, ou seja, há dois discos de 300 mm na frente e um de 
250 mm atrás. O ABS — sem distribuição de frenagem entre os eixos e que agrega apenas 3 kg à moto — será um opcional. As suspensões também são aquelas que encontramos na versão naked: bengalas invertidas de 41 mm na dianteira e monoamortecedor progressivo na traseira, ambos reguláveis em 3 vias. O motor, que já conhecemos, entrega 138 cv a 
9 600 rpm e um torque de 11 kgfm a 7 800 rpm, o que garante um comportamento contundente mas, ao mesmo tempo, sempre previsível e sem arroubos de agressividade excessiva.

Para favorecer ainda mais seu caráter sport-touring, a relação de marchas foi levemente alongada, o que resultou em acelerações menos radicais que na Z 1000 naked mas igualmente fortes. Bastante discreto em baixas rotações, quando atinge 5 000 rpm o propulsor Kawasaki começa a ganhar força até atingir 7 000 rpm, momento em que passa a despejar sem dó toda a potência que desejamos na roda traseira. Como não possui uma direção muito fechada e também não há muito peso concentrado na frente da moto, as reações ao guidão não são ultrarrápidas, ou seja, não espere que a SX deite nas curvas como aquelas ágeis motos que parecem preferir andar deitadas a andar em pé: quando esta Kawa inclina é porque nós fizemos certa força para levá-la a tal ponto. 

Contudo, em nenhum momento a moto resiste a nossos comandos, nem mesmo quando decidimos pilotar como se estivéssemos no comando de uma verdadeira esportiva. Nas inúmeras sequências de curvas que enfrentamos, a moto se inclinava da direita para a esquerda seguidamente, sem qualquer sinal de instabilidade ou movimentos indesejados nas suspensões. Transmitindo muita confiança desde os primeiros quilômetros, a SX mostrou ser uma moto com excelente equilíbrio entre agilidade e estabilidade, inspirando quem estiver ao guidão a impor um ritmo esportivo de pilotagem. 
Em resumo: ainda que não seja e nem queira ser uma “R” — para isso existe a ZX-10R — a SX foi mais além do que esperaríamos de uma roadster “Z” civilizada e é agora mais apropriada para um uso estradeiro, cotidiano ou para quem passa longos períodos sobre a moto. Prazer ao pilotar, essa é a maior qualidade desta moto. Na Europa, a SX chega este mês às concessionárias custando 1 000 euros a mais que a Z 1000 naked, ou seja, estimados 12 000 euros... ô inveja.

Ficha técnica:
Preço: € 12 000 
Motor: tetracilíndrico, DOHC, 4 tempos, 16v, arrefecido a água, alimentado por injeção eletrônica, embreagem multidisco em óleo, câmbio de 6 marchas e transmissão secundária por corrente
Cilindrada: 1 043 cm³
Potência: 138 cv a 9 600 rpm 
Torque: 11,2 kgfm a 9 600 rpm
Diâmetro x curso: 77 x 56 mm
Taxa compressão: 11,8:1
Quadro: Dupla viga de alumínio
Cáster / trail: Não disponível
Susp. dianteira / traseira: Telescópica invertida / monoamortecedor
Curso dianteiro / traseiro: 120 mm / 138 mm
Regulagens: Três vias na frente e atrás
Freio dianteiro / traseiro: 2 discos de 300 mm / 1 disco de 250 mm
Pinça dianteira / traseira: 4 pistões de fixação radial / 1 pistão 
Pneu dianteiro: 120/70-17 x 3,5"
Pneu traseiro: 190/60-17 x 6,0"
Garantia / revendas: 1 ano / 21 concessionárias
Altura do banco: 822 mm
Tanque: 19 litros
Peso seco: 228 kg



Fonte:http://motociclismo.terra.com.br

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Dia do Motociclista - Capão da Canoa - Rs


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quinta-feira, 21 de julho de 2011

Diferença entre Motoqueiro e Motociclista


      O motociclista não gosta de ser chamado de motoqueiro, veja por que. Tem muita gente que vive em cima de uma moto e não sabe que existe uma grande diferença.

Motoqueiro ou Motociclista? 
  
A primeira pergunta que sempre me fazem é: qual a  diferença entre um e outro. A segunda qual é a minha  experiência.

A primeira é fácil de responder , mas a  segunda é muito ampla e de complexa resposta.  Experiência em que ? no trabalho, no amor  no  motociclismo ou experiência de vida ? Tenho 51 anos, e  desde garoto, sou apaixonado por moto. Há 30 anos que  viajo de moto por esse mundo a fora, e há 5 anos faço  parte do Moto Clube Répteis do Asfalto, no qual sou vice  presidente e muito me orgulho, mas ainda estou aprendendo.
                    
Experiência...Experiência... Será que ser "plantador de  sorriso " é uma boa experiência? Talvez colher sonhos.  Alguém já notou o brilho dos olhos e a curiosidade da  garotada, e mesmos dos mais velhos, quando chegamos com  nossas máquinas  possantes, com nossas vestimentas nada convencionais, com toda essa liberdade que transmitimos ?  Alguém já notou isso ? Temos a responsabilidade com os  mais jovens e não podemos esquecer que vivemos os sonhos dos mais velhos que não puderam realizar os seus.
                    
Ser  motociclista é levar o sorriso no rosto e amor no coração,  é pregar a igualdade, irmandade, fraternidade e  sinceridade, não importa a cilindrada de sua moto, o importante é que você tem para oferecer, o que você traz  na sua bagagem. 

                    
O motoqueiro não tem compromisso com nada e com ninguém, só pensa nele, não respeita as leis de trânsito,  não  tem amor a sua própria vida, independente da cilindrada  de sua moto,  já vi muitos motoqueiros de 1100 cc por aí.

                    
Ser motociclista é rasgar o vento no peito , é cortar  estradas ,é respeitar o próximo e amar a vida, é fazer  novas amizades, é conquistar sua liberdade, é saber colher sonhos. Faça a sua própria história.  Você já "plantou sorriso" ?  Então comece, para ser motociclista tem que saber "colher  sonhos". Conheça um motociclista e não tenha medo de  ser feliz.

RÔMULO RANGEL
Vice Pres.dos Répteis do Asfalto
Vila Velha - ES


      Este é um pequeno glossário sobre os seres e espécies de seres bípedes que fazem parte da fauna de duas rodas. É sempre bom conhecer estes termos, pois deve-se ter um certo cuidado ao adereçar um destes seres, pois se chamá-lo pela denominação errada com certeza vai levar um xingão.

Motoqueiro: Indivíduo bípede que anda sobre uma máquina que também tem dois pontos de contato com o solo. Notem que qualquer ser que consegue equilibrar-se sobre os quartos traseiros pode ser motoqueiro (com o preço que está uma CG 84 a álcool, qualquer um pode). Quando este indivíduo comprou seu veículo de duas rodas, acreditava que qualquer coisa sobre o asfalto com mais de duas rodas é um obstáculo a ser vencido (tem certeza que se tivesse comprado aquela DT 180 85 daria para pular por cima). Atualmente, depois de três multas por andar sem capacete, várias mijadas de guardas por estar de chinelo e sua foto (ou melhor, a da traseira da moto com ele cobrindo a placa com a mão enquanto "fazia bundão" pro pardal) espalhada por todas as repartições do Detran, ele É o dono da rua. Sua próxima aquisição será aquele ferrinho de pôr na rabeta para poder empinar sem estourar a lanterna traseira...Aí sim vai ser animal passar nos pardais.

Motociclista: Ser humano sobre uma máquina de duas rodas. Se considera a casta nobre dos condutores de veículos motorizados, pois só anda de capacete, não grita "Volta pra cozinha!!!!" quando uma mulher inadvertidamente lhe fecha no trânsito e nunca joga papel de bala no chão. Não consegue ficar 15 minutos sem pensar na sua possante, e acha que não existe coisa melhor no mundo do que andar de moto. Se sua mulher deixasse, guardava a moto na sala de jantar. Mas como não há substituto para sexo, guarda a moto debaixo de uma lona na garagem mesmo (mas só cobre depois do motor esfriar, nem que tenha que ir até a garagem as 3:00 horas da manhã mais fria do inverno para cobrí-la).
  
Biker: Ser totalmente sui generis. Também se considera de uma casta nobre, mas de um filó absolutamente diferente dos demais. Começou aos 10 anos com uma Caloi Super, de quadro de ferro e 10 marchas (era o moleque mais rápido do quarteirão no Polícia e Ladrão sobre bicicletas). Quando cresceu e virou gente, a 1ª moto que comprou foi uma RD350, que passava horas lavando e encerando. Divertiu-se muito com esta RD ("Meu, tu não acredita em quantos minuto fiz do trampo pra casa, e isso ao meio-dia"). Aí ganhou mais dinheiro, teve dois filhos, trocou a Parati rebaixada com vidro fumê por um Santana de 4 portas e comprou uma esportiva. Mais de 130 cavalos, sem contar o condutor, e velocidade final de 270 km/h (mas com o Sarachú que ele vai colocar vai passar dos 285 frouxo). Sua diversão é subir até o topo da serra e descer, uma vez atrás da outra, das 8:00 às 11:30 de todo sábado de sol, fazendo todas as curvas na horizontal. Sempre se veste com uma jaqueta que se liga por zíper à calça, das cores mais psicodélicas possíveis e que geralmente custam um valor de 4 dígitos. Quando chega em casa pro almoço depois do exercício de sábado, a 1ª; coisa que faz é abrir a jaqueta de guerreiro do futuro pós-apocalíptico e amarrar as mangas na cintura e em seguida atacar a geladeira atrás de líquidos, pois quase desidrata de tanto suar dentro do uniforme. Depois de beber dois litros de água, suco, chá, cerveja, etc, beija a mulher (como sempre ela manda ele tomar banho porque está fedendo chulé) e vai vistoriar os novos riscos nas pedaleiras que fez naquelas curvas animais da serra. E pensa consigo mesmo "Até sábado que vem ponho o Sarachu, aí sim vai dar pra aproveitar toda a potência da moto".

 Coxinha: Na verdade, esta definição serve para todas as tribos. É aquele ser que tem um veículo de duas rodas dentro da sala de TV. Acha que o importante é ficar babando em cima da moto, e só anda com ela nos fins de semana de sol e quando emenda um feriadão e não vai viajar com a patroa e os 3 filhos. Seu maior prazer é sair de carro com os amigos e falar de motos. Quando sai para dar umas voltas (depois de entrar no site do Inmet para ver se corria risco de tomar chuva naquele sábado de céu azul), não pára em sinaleiro sem ficar acelerando o motor. Geralmente sai no gás para frear em cima do carro em frente a 30 metros. Sua política é que moto é a melhor coisa do mundo, mas em viagem de mais de 30 km é melhor ir de carro por ser mais seguro, ter rádio toca-fita com magazine de 12 CDs no porta-malas, ar condicionado, etc. Além do mais, não sei não, mas parece que vai chover semana que vem, por isso não sei se vai dar pra ir junto com vocês...

Tiro Curto: Denominação dada a um ser vivente sobre duas rodas que vai a qualquer encontro, em qualquer lugar, pagando ou não, com qualquer tempo, mas raramente chega lá no dia programado. Sempre fica no meio do caminho para arrumar um probleminha na moto que só depende de se conseguir uma peçinha na cidade vizinha. A sua moto é o arquétipo da moto ideal, mecanicamente perfeita, e aqueles barulhinhos irregulares são charme. A bomba de óleo que estourou ontem, o fluido de freio vazando na semana passada e a torneira de combustível entupida do último encontro (30 dias antes) são coisas da vida que acontecem com qualquer um. Geralmente é o 1º a apoiar a idéia do MC comprar uma carretinha pro carro de apoio ("Lembra daquela vez que o Ciclano teve de dormir naquele motel pulgueiro? Ainda bem que não estava junto, já que minha moto estava na revisão, mas se a gente tivesse a carreta vocês poderiam ter colocado aquela porcaria da moto dele em cima"). Facilmente reconhecido, pois conhece os nomes de todo mundo na sua concessionária, do mecânico-chefe ao gerente ao cara de CG que faz entregas. Quando consegue chegar de volta de um encontro sobre a moto (e não dentro do carro de apoio) fala pra todo mundo que este foi um dos melhores encontros que aquela cidadezinha já fez. Muito melhor que o do ano passado, pois de tanta chuva (na verdade era uma garoa forte) molhou as velas e teve de dormir num hotel na entrada da cidade que lhe cobrou uma nota preta. "Este ano foi diferente, a organização não deixou ninguém nos explorar com hotéis caros... Aquela mancha de óleo ali? Isso é óleo que jogaram embaixo só para me sacanear. Esta moto não dá oficina".

CGzeiro: Começou com uma Turuna 80 (aliás, impecável) do tio dele e agora esta já na sua 3ª Today. Seu sonho de consumo era uma Titan ES, mas agora com a YBR, está em dúvida...se a troca de óleo for mais barata pode até pensar. Entre seus amigos é muito querido, pois além de fazer zerinhos perfeitos ("aquela vez que a moto escapou e acertou um Palio 16v estacionado do outro lado da rua foi porque a rua ali na frente do colégio tem muita pedrinha solta por causa dos ônibus que passam de monte") faz a melhor antena corta-cerol do bairro. Pensa um dia escrever para a Duas Rodas e perguntar se não querem fazer um teste com seu corta-cerol. Numa dessas pode até começar a faturar uns trocados com os pedidos...

Superbiker: Ser sobre duas rodas bastante curioso. Sua filosofia de vida é chegar lá. Não importa onde, desde que seja rápido. E antes dos colegas com aquelas velharias de 1998. Seu modo de trajar é bastante semelhante ao do biker, mas diferem por sempre usarem capacetes de fibra de carbono com kevlar trançado, viseira anti-embaçante e a prova de impactos e cinta jugular acolchoada de nylon anti-alérgico que pesa somente 127 g. Têm um jeito peculiar de andar quando estão sobre os próprios pés, pois sempre inclinam a cabeça para frente para melhorar a penetração aerodinâmica. Não são muito vistos sobre as motos, pois quando você vai olhar eles já passaram. Detestam andar devagar, pois o pressurized air charged direct double induction system só começa a funcionar a partir dos 195 km/h (se bem que a nível do mar já entra nos 185 km/h). Além do mais, andar a menos de 200 km/h é coisa de frouxo. São facilmente reconhecíveis nas boates dos encontros, pois sempre são os primeiros a chegar, e quando se pergunta a um deles se o túnel na BR ainda estava em reformas eles respondem "Reformas? Não vi máquina nenhuma...". Outra característica marcante é seu ódio descomunal a insetos. Isto porque dói pra cacete levar uma besourada no pescoço a 298 km/h. Acredita piamente que até o ano 2010 estarão em produção motos de série que rompem a barreira do som ("Aí sim vai dar para curtir o vento no rosto...").

Cruiser (Custom): Seu nome é derivado do tipo de moto de duas rodas que pilotam. Sua filosofia de vida é ir, não importa quanto tempo leva nem se vão chegar lá. Só ouvem rock, e respiram couro e comem cromo. Se não for cromado não presta. Vestem-se dos pés a cabeça com roupas de couro (até no capacete as vezes), incluindo-se cuecas e meias, geralmente na cor preta. Além do couro, adoram usar penduricalhos presos a roupa, como correntinhas, broches, etc. Não gostam muito do verão por que no sol toda esta roupa preta esquenta pra cacete. Consideram-se os bad boys do reino de duas rodas, mas a maioria pede: "por favor, não fala palavrão" e até respeitam mulheres no trânsito. Também não gostam de insetos, pois como geralmente usam elmos abertos, detestam comê-los quando estão pilotando. Nos encontros, se você perguntar se o túnel na BR ainda está em reformas, respondem com detalhes, pois andam tão devagar que conseguem até ler o nome nos crachás dos trabalhadores.

Trilheiro: Este ser não faz parte da fauna urbana, pois só se sente a vontade quando está no meio do mato. Seu credo é "no barro é que me realizo". Estes bípedes só são felizes quando estão com barro até a cueca, já que andar no asfalto é coisa de mariquinha. Quanto mais chover melhor, pois assim a trilha estará bem enlameada. É um dos poucos seres sobre motos que sabe lavar roupa, pois sua mulher se recusa a pôr a mão ou deixar que a empregada lave aquela imundície que é a roupa dele andar de moto. Detestam os coxinhas e flanelinhas (ver abaixo), já que moto limpa não presta e é no mínimo coisa de fresco. Não vão muito a encontros, pois só existem encontros em cidades, nunca na terra ou no mato, e andar no asfalto é coisa de mariazinha.

FlanelinhaTambém é um categoria de ser, sendo encontrado em todas as tribos e filos. Este ser bípide tem como meta na vida deixar sua moto brilhando. Não existe coisa pior que mancha ou sujeira. Também são uns dos poucos que lavam roupa, pois só usam roupa limpa ao andar de moto para não sujar o banco. Nos encontros que vão (apenas na época de seca e somente em cidades limpas) ganham todos os prêmios de moto mais bem conservada. Caracteristicamente sempre carregam um paninho, pois sempre pode aparecer uma sujeirinha. Conhecem de cor nomes e fabricantes de todas as marcas e tipos de cêras e polidores, além de conseguirem citar de traz para frente a sequência de lavagem de sua moto. Uns chegam ao ponto de plastificar a moto inteira ("Sabe como é, radiação ultra-violeta pode danificar a pintura. Nunca dá pra descuidar"). Nos encontros, para achá-los é só ir onde estão as meninas em trajes mínimos lavando motos. Geralmente tem um flanelinha ajudando ou ensinado elas a lavar.

Estradeiro: É uma espécie de nômade, que ainda não conseguiu criar raízes em lugar algum. Na dúvida, ele pega a estrada, não importa pra onde, desde que seja longe. Também não se importa em quanto tempo vai levar ou se tem alguma coisa lá, o importante é ir. Uma de suas características é transformar a moto num motorhome, com malas, alforjes, bagageiros, mochilas e pochetes por tudo, sempre com um 2º capacete em cima da pilha mais alta. Ó único ser sobre duas rodas que acha que talvez não seja totalmente verídica a estória que todo caminhoneiro tem a mãe na zona. Afinal, naquela viagem do mês passado ao Aconcágua que fez saindo pela Transamazônica, foi um caminhoneiro que lhe deu carona de volta a Manaus quando o pneu traseiro rasgou. Também não gosta de insetos, porque deixam aquela mancha verde na viseira. Sempre que se encontrar um estradeiro e ele disser já volto, desconfie, pois pode resolver que faz tempo que não vai às Missões e só voltar dali a um mês. Se pudesse, trocaria o irmão mais novo para ir de moto à Daytona. Saindo da Terra do Fogo, é claro.

MotoclubeUma reunião formal, legalizada e com estatuto de seres sobre duas rodas. Normalmente, é composto por apenas uma espécie de ser, e todos são identificados por uma jaqueta ou colete de preferência bem surrados com uma figura nas costas e escrito embaixo "Pelo asfalto, minha vida" ou qualquer outro dizer imperioso assim. Quanto mais coisas e penduricalhos conseguir colar, costurar ou amarrar no colete ou jaqueta, melhor. Seus integrantes, nos encontros, só se misturam com integrantes de outros MC de seres da mesma espécie, e sua principal diversão é falar mal dos encontros pagos e das outras espécies. Alguns até tem sede própria, onde fazem as reuniões para decidir que encontro pagos vão boicotar ou qual membro vai ser punido por não usar o broche do grupo no último encontro que foram. A maior ocupação de seus integrantes é confeccionar adesivos para poderem trocar com os outros MC e aí colar no painel da sede. Os Motoclubes mais abonados mandam pintar o carro de apoio, a carretinha e a sede inteira com as cores do grupo, e com uma baita brasão na parede (no carro de apoio colocam aqueles adesivos magnéticos com o emblema do MC nas portas). Para se relacionar bem com estes seres, é necessário certo conhecimento de zoologia para se poder saber qual o bicho é o animal que adotaram como símbolo (além dos seus hábitos, se é carnívoro, onde se encontra, seus ritos de acasalamento, etc.).






Festa do Dia do Motociclista - Chopp do Gus Kobrasol


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quarta-feira, 20 de julho de 2011

Confraternização do Dia do Motociclista 30/07

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domingo, 17 de julho de 2011

Comemoração do dia do Motociclista - Balneário Camboriú - Sc


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Balneário Camboriu é sem dúvida um dos melhores destinos turísticos do país e é claro que recebe muitíssimo bem os motociclistas
por isso a comemoração do nosso dia será com um moto passeio na cidade, mas a programação é de dois dias.

Itá Motofest - Itá - Sc


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A cidade de Itá, no meio-oeste de Santa Catarina incluiu em seu Festival de inverno um encontro 
de motociclistas para que possamos ver as belas paisagens daquela região.




Uma mensagem para nossos amigos Motociclistas




Ser motociclista não significa simplesmente possuir uma motocicleta. Pilotar uma moto não te credencia como motociclista. Para ser um motociclista, não basta ter um capacete e uma jaqueta de couro. Existem certos regulamentos que não estão escritos, mas existem no bom senso de todo motociclista.

SER MOTOCICLISTA É...o Ser solidário com os companheiros, o Saber a hora de agradar e a hora de calar, o Olhar para um companheiro e saber entender seus problemas, o Ter a sensibilidade para sentir o vento roçar seu rosto quando em baixa velocidade, o Ser acariciado pela brisa e saber que Deus existe e te protege, o Saber que está sendo aguardado pelos companheiros, o Sentir o prazer de compartilhar os problemas dos motociclistas e apresentar soluções, o Parar e ajudar outro motociclista na estrada mesmo sem conhecê-lo.

SER MOTOCICLISTA É UM ESTADO DE ESPÍRITO, É UMA PAIXÃO, É UM JEITO DE SER.

Mario Barreto - Diretor Aranhas do Asfalto. Camaçari-BA.


Bom final de semana!

KTM RC8 R


                                                       KTM RC8 R



A KTM está claramente apostada em vingar no seio das desportivas de estrada, estando a trabalhar há muito neste campo. A RC8R é o resultado desse constante desenvolvimento, um modelo que se baseia na totalidade sobre o modelo de pista lançado no ano de 2008, a RC8, mas com um motor mais potente e uma ciclística ainda mais aprimorada, algo difícil de conseguir dadas as qualidades do modelo precedente.


Ainda assim os técnicos da marca não quiseram deixar de cumprir com o lema da marca, “Ready to Race”, e prepararam esta versão “R” com um pouco mais de sal e pimenta. O trabalho fundamental foi feito em volta do motor, que subiu de cilindrada e passou a disponibilizar uma potência máxima de 170 cv. Além destas alterações, a KTM aproveitou para retocar o sistema de selecção da caixa de velocidades (algo que já foi feito em todas as RC8 até agora colocadas na estrada) para tornar este sistema mais preciso.


Desportiva mais vincada
No que respeita à ciclística, a RC8 base é um modelo que tem um nível de desenvolvimento bastante avançado, pelo que passar para a versão R não foi um processo fácil. Assim, a evolução neste campo foi algo limitada, sendo a grande diferença a troca de jantes. As unidades de dez braços da Marchesini, agora utilizadas, significam uma redução de mais de um quilo no peso da moto.
Na suspensão traseira este modelo vê o seu sistema de regulação de altura modificado, de forma a permitir uma maior amplitude de afinação. O amortecedor que agora é utilizado é um WP 4014, uma unidade que, com o seu revestimento de baixa fricção TiAIN, suporta sem dificuldades as mais duras utilizações em pista. A forquilha dianteira, uma unidade de 43 invertida, também provém da WP e tem as barras revestidas no mesmo material anti-fricção do amortecedor. As mesas inferiores passaram a ter três pontos de fixação. Na travagem a única alteração efectuada prende-se com o aumento de 0,5 mm na espessura dos discos, que garante a manutenção de uma temperatura mais constante em pista.


Com a RC8R a KTM aproxima-se mais de quem procura uma moto pronta para rodar em pista, servindo-os com um kit de competição bastante completo e que garante um apreciável incremento de prestações, ao levar este motor até aos 180 cv. O Club Race Kit é composto de vários tipos de elementos em que se incluem um escape completo da Akrapovic, marca que desenvolveu a unidade de origem.
De origem, a RC8R vem já com alguns elementos que se podem alterar para conseguir um comportamento ainda mais aguerrido para pista, como é o caso do punho do acelerador que pode ser trocado por um mais de acção mais directa, operação simples e que demora cerca de cinco minutos a concretizar
.



De volta a Portimão


A apresentação da RC8R foi levada a cabo no Autódromo Internacional do Algarve, na qual esperávamos ir encontrar as normais condições meteorológicas da região. Mas para não variar muito do que se passou todo o mês, este trabalho decorreu novamente debaixo de chuva, e só a temperatura mais amena, ainda assim baixa, do Algarve, salvou duas sessões ao final do dia. Três horas sem chuva e um pouco de sol ajudaram a que a pista secasse o suficiente para que pudesse rodar um pouco mais rápido nas derradeiras saídas, mas já lá vamos.
Quando nos sentamos na RC8R temos a imediata certeza de que esta é uma moto pensada e desenhada para a pista. A versão “R”, que agora é apresentada, pouco mais acrescenta a esta sensação que já vinha do modelo base, para lá da pintura mais aguerrida. A posição de condução coloca o tronco bastante alto, com um assento que nos faz debruçar sobre a frente. Os avanços não estão demasiado baixos e têm uma boa abertura, dando-nos um bom domínio da direcção.




Assim abordada, esta moto impõe algum respeito e dela fica-se à espera de um comportamento exigente no campo da pilotagem. A sua frente aprecia, de facto, uma condução precisa, na verdade vai para onde a apontemos. Contudo, surpreende o facto de reagir com grande naturalidade a correcções de trajectória sem hesitações dentro da curva, mantendo sempre um comportamento equilibrado. É uma moto cuja geometria coloca um forte apoio sobre a frente, e a traseira oferece uma excelente tracção, com muita informação. No final do dia a pista acabou por secar quase na totalidade e já se pôde utilizar a RC8R de forma bem mais forte. A frente é um dos pontos mais curiosos desta moto, já que se pode confiar fortemente na entrada, pois esta parece colada ao chão, e manter uma elevada velocidade em curva. Contudo, assim que se chega ao ponto de saída e se reacelera, a frente fica leve e tende a abanar um pouco.



O motor

Uma das grandes diferenças que se notam no motor é a forma solta com que sobe de rotação, sem inércia, quase como um dois tempos. O tacto do acelerador é brutalmente directo (utilizámos o acelerador mais rápido), mas o que tem de directo tem de preciso.




A personalidade desta unidade mantém-se muito linear, tal como acontecia com o modelo base, mas sente-se que empurra sempre de forma muito intensa. É escusado levá-lo até rotações demasiado elevadas, já que ele gosta mesmo é que se usem os médios regimes, além de cortar de forma brutal quando se excede a rotação.

A caixa de velocidades apresentou um tacto excelente e com uma elevada precisão de engrenagem, algo que é uma grande melhoria face ao passado. A travagem é muito boa, com uma grande potência e um tacto cheio da manete, mas sempre muito progressiva na forma como “morde”. Com um preço que irá passar um pouco os 20.000 euros, a RC8R é uma boa evolução face ao modelo base, com um motor ainda mais vivo e com um carácter um pouco mais vincado.

Ficha técnica: 
Motor 
 Tipo: 4T, bicilíndrico, refrigeração por líquido
 Distribuição: 4 válvulas por cilindro
 Cilindrada: 1195 cc
 Diâmetro x curso: 105 x 69 mm
 Potência declarada: 170 cv/10250 rpm
 Binário declarado: 12,5 kgm /8000 rpm
 Ignição: electrónica digital
 Alimentação: injecção electrónica Keihin de 52 mm
 Arranque:  eléctrico
 Embraiagem: multidisco em óleo
 Caixa: seis velocidades
 Transm. secundária: por corrente
Ciclística 
 Quadro: estrutura tubular em aço
 Suspensão dianteira: forquilha inv. WP de 43 mm, com 120 mm de curso, totalmente reg.
 Suspensão traseira: mono-amortecedor progressivo, com 134 mm de curso, totalmente reg.
 Travão dianteiro: 2 discos de 320 mm, pinça radiais Brembo monoboloco de 4 pistões
 Travão traseiro: disco de 220 mm, pinça pistão simples
 Roda dianteira: 120/70-17”
 Roda traseira: 190/55-17”
Peso e dimensões 
 Distância entre eixos:  1425 mm
 Altura do assento: 805/825 mm
 Cap. do depósito: 16,5 lt
 Peso a seco: 182 kg

Fonte: http://www.motociclismo.pt

Guzzi Stelvio NTX

Moto Guzzi Stelvio NTX



A Moto Guzzi Stelvio NTX é uma versão mais equipada da trail italiana, com uma inspiração declarada na Adventure da BMW. Tal como esta, possui protecções de motor, luzes auxiliares e suportes para bagagem.

Além destas modificações, a Stelvio surge este ano também equipada com sistema de travagem com ABS. A sigla NTX não tem um significado especial, se bem que nos anos oitenta foi utilizada num modelo de utilização mista, a NTX 750.

Base semelhante


A ciclística desta nova versão não tem alterações face ao modelo base. Isso significa que utiliza uma forquilha invertida da Marzochi de 50 mm de diâmetro. Na traseira é utilizado um amortecedor da Sachs, que possui um comando remoto da pré-carga hidráulico. 

Outro ponto que possui afinação é o assento do condutor, que tem três posições. Estas são: alta, muito alta e quase no céu. Posto isto não é fácil subir a bordo (e eu tenho 1,93 m). Utilizadores mais baixos irão ter dificuldades, o ajuste é, contudo, útil, e a Stelvio não é mais alta que as suas rivais.





Aos seus comandos esta moto garante um bom espaço de manobra, com um guiador correctamente elevado e uns pousa-pés baixos. O hotel que serviu de base, em Cortina d’Ampezzo, fica imediatamente abaixo da linha de neve, pelo que fiquei muito satifeito com a protecção que o ecrã e protecções de punho garantem, tudo sem grande turbulência. 

Motor cheio

Foi o motor o elemento que causou melhores impressões, a hesitação da Stelvio original desapareceu, substituída por uma resposta muito agradável, com um forte binário que surge logo desde as 2000 rpm. Como é tradicional nas Guzzi, o grande “V” transversal parece ganhar uma maior suavidade e equilíbrio com a subida de rotação, a caminho do “red-line” nas 8000 rpm. 

Ainda assim não faz muito sentido levar as rotações até um ponto tão alto, já que se torna muito mais agradável utilizar a precisa caixa de seis relações com passagens a baixa rotação, tirando o máximo partido da nova flexibilidade desta unidade.



Nas poucas rectas que cruzamos, a NTX subia sem esforço até aos 145 km/h, com aceleração suficiente para nos levar até perto dos 210 km/h. Esta Guzzi é garantidamente capaz de manter velocidades de cruzeiro elevadas. O seu largo assento, capacidade de carga e lista de acessórios, que inclui punhos aquecidos, acrescentam qualidades à sua capacidade de enfrentar longas tiradas, se bem que a Guzzi não melhorou o depósito, que continua a contar com os mesmo 18 litros.

Maneável

A maneabilidade é incrível, perfeita para o estonteante número de curvas que tivemos de navegar nas contínuas subidas e descidas da montanha. Com uns reclamados 214 kg a seco, a Stelvio base já não é uma moto leve, devendo a NTX  ser 10 kg mais pesada (a marca não declara peso). Grande parte deste peso está colocado alto e a direcção tem uma geometria conservadora, como convém numa maxi-trail. Mas fiquei impressionado com a leveza que a NTX transmite, quão fácil e preciso é manobrá-la com ligeiros movimentos no guiador.









Parte da explicação para isto está nas excelentes suspensões que, embora tenham um grande curso (170 mm na frente e 155 mm na traseira), garantem um excelente controlo na passagem das irregularidades do piso. A NTX está equipada com um estreito 150/70, numa jante de 4,25”, o que ajuda muito na agilidade.

A distância ao solo é bastante generosa, sendo muito difícil tocar com a Stelvio no chão, algo que acontecia demasiado cedo na versão do ano passado.

As mais valias


Esta versão tem alguns detalhes dignos de relevo, como o porta-luvas com fechadura da carenagem, o espaço debaixo do assento, a estrutura para transporte de bagagem e o excelente painel de instrumentos e comandos.

Face à versão inicial, a Stelvio deste ano está bastante mais consistente, e a NTX acrescenta as mais valias do equipamento extra.



Fonte: 
http://www.motociclismo.pt

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