domingo, 30 de junho de 2013

Honda 1200X Crosstourer ganha acessórios opcionais para longas viagens




A Honda VFR 1200X Crosstourer recebeu um pacote opcional de acessórios para longas viagens, custando até R$ 12.033 pelo kit completo – o preço sugerido da moto é R$ 79.900. Os equipamentos são: para-brisa estendido, malas laterais, bolsa interna, baú, protetor de carenagem e cavalete central para estacionamento.
As malas laterais e o baú facilitam o transporte de bagagens, enquanto o para-brisa oferece uma proteção maior ao motociclista que enfrenta vento e poeira nas longas viagens. Já o protetor de carenagem é uma blindagem a mais contra eventuais batidas e o cavalete central contribui para a manutenção ou checagem das bagagens com a moto estacionada. Os acessórios estão disponíveis nas concessionárias Honda Dream, que vende modelos acima de 600cc.






Fonte: Revista Duas Rodas

sábado, 29 de junho de 2013

Honda CG 150 "Racing" estreia em categoria de base do Superbike Series




A Honda Junior Cup, nova categoria de base da motovelocidade para adolescentes de 10 a 16 anos, fará sua estreia neste fim de semana no Superbike Series, em Interlagos (SP). A moto utilizada é a mais vendida do mercado nacional: a Honda CG 150, versão Titan, com algumas modificações para as pistas. A organização subsidiará os custos e cederá a moto temporariamente para os pilotos; o gasto dos participantes será de R$ 3 mil por etapa, excluindo as despesas com equipamento de segurança, viagens e hospedagens.



O motor da CG “Racing” é o mesmo 149cc que equipa a Titan das ruas, rendendo cerca de 14 cv; o combustível utilizado será o álcool, que se mostrou mais eficiente para o desempenho esportivo. A moto foi rebaixada e recebeu alterações nas suspensões (com preparação especial), pedaleiras (com pedais de freio e câmbio recuados) e freio dianteiro (com tubos revestidos por malha de aço). Os guidões são especiais e a CG ganhou um escapamento em aço inox e um kit completo de carenagem, com tanque em alumínio. O modelo também poderá receber um conta-giros.



Será o retorno do popular modelo às pistas, história que começou no Brasil em 1978 com a criação da Fórmula Honda, que utilizava a recém-lançada CG 125 para os pilotos que começavam na motovelocidade. O campeonato será uma preparação para categorias como CB 300R, Copa Ninja, CBR 600F, 600cc Supersport, Superbike Light e Superbike Pro, que também fazem parte do evento.



Segundo Pedro Henrique Soares, gestor da categoria, a Honda Junior Cup terá um viés educativo que vai além do desempenho esportivo. “Queremos ajudar a criar as novas estrelas da motovelocidade, ensinando como se portar dentro e fora da pista. As aulas vão focar bastante na técnica e nos fundamentos dos pilotos, sempre priorizando a segurança”, explica. O piloto Gian Calabrese será o instrutor-chefe dos novatos, que passarão por avaliações, briefings técnicos e aulas após os treinos.



Os jovens confirmados até agora são Rafael Traldi, Luiz Octávio Palma Nunes, Lucas Torres Mercado, Enzo Paschoalin, Davi Gomide e Bruno Marzola. Eles participarão de treinos livres na quinta e sexta-feira, da classificação no sábado e da corrida no domingo.  A programação é que a Honda Junior Cup tenha sete etapas, sendo três em Interlagos, duas em Santa Cruz do Sul (RS), uma no Velopark (RS) e outra em Cascavel (PR). Os interessados em participar da categoria podem entrar em contato com a organização do Superbike Series pelo e-mail contato2@superbike.com.br .


Fonte: Revista Duas Rodas

sexta-feira, 28 de junho de 2013

Lotus prepara moto com propulsor para render 200 cv de potência




A fabricante Lotus anunciou que lançará sua primeira moto, a C-01, uma superesportiva que promete render mais de 200 cv. O modelo será composto por materiais nobres como carbono, titânio e aço de alta qualidade, usados também no monoposto da equipe de Fórmula 1, e a fabricante promete priorizar segurança, ergonomia e design.

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A Lotus Motorcycles, que desenvolverá o modelo, é fruto de uma parceria das empresas Kodewa (responsável pelo protótipo da Lotus no Mundial de Endurance) e Holzer Group. O projetista alemão Daniel Simon, que trabalhou na Bugatti e desenvolveu motos para filmes como “Tron: O Legado” e o recém-lançado “Oblivion”, estrelado por Tom Cruise e Morgan Freeman, será o idealizador do novo modelo.

“Temos apenas uma intenção com o novo modelo: criar uma máquina de alto padrão que conduza sua força brutal com elegância e estilo, um monstro tecnológico com um terno sob medida”, promete o projetista, que afirmou que a moto fará alusão ao formato da Lotus 49, vencedor do Mundial de Fórmula 1 de 1968 com o inglês Graham Hill. As cores, no entanto, serão o tradicional preto e dourado, que vestiram a equipe nos anos 70 e 80 e também em sua nova era na Fórmula 1, desde 2012. A Lotus Motorcycles diz que divulgará mais detalhes e as primeiras imagens da C-01 nas próximas semanas.

Fonte: Revista Duas Rodas

quinta-feira, 27 de junho de 2013

Santa Catarina Custom Show - 29 e 30 de junho de 2013 - Itajaí - SC



Local:

Centro de Eventos de Itajaí - SC


SBK: Sofuoglu testa a Ninja ZX-10R




O três vezes campeão mundial de Supersport Kenan Sofuoglu, apesar de ainda estar envolvido na disputa por aquele que poderá ser o seu quarto título nas SSP, esteve recentemente presente no circuito Motorland Aragón para um teste com a Kawasaki Ninja ZX-10R oficial, utilizada por Tom Sykes e Loris Baz no Mundial de Superbike.

Estando integrado na equipa em que a Kawasaki deposita maiores esperanças na conquista do título nas Supersport, a MAHI Racing Team India, não foi totalmente uma surpresa a Kawasaki ter deixado Sofuoglu testar a moto de SBK mas, a realidade é que este curto teste – Sofuoglu apenas teve 3 horas em pista – serviu para a própria KRT e o piloto perceberem até que ponto podem estender a sua ligação para lá do final da atual temporada.

A Kawasaki, aproveitando as novas regras que a Dorna pretende implementar na categoria Superbike, está particularmente interessada em colocar mais motos suas em pista e a MAHI Racing pretende subir de categoria, estando as partes atualmente a conversar sobre a possibilidade da estrutura indiana deixar as SSP e subir de categoria continuando no entanto com a Kawasaki.

Neste “puzzle” entra Kenan Sofuoglu, e por isso foi tão importante para o piloto poder testar a moto que, eventualmente, virá a utilizar na próxima temporada caso as negociações decorram com normalidade.

Sofuoglu já tentou uma vez dar o salto das Supersport para as Superbike, na altura com motos Honda, mas a estreia com a CBR1000RR da Ten  Kate não correu da melhor forma. Dentro e fora de pista (por razões familiares) Kenan Sofuoglu não mostrou ser capaz de se adaptar à moto de SBK e, mais tarde, passou pelo Mundial de Moto2 tendo regressado finalmente às Supersport.




Esta segunda tentativa de Sofuoglu em dar o salto para a principal categoria do Mundial de Superbike pode no entanto ser afetada por um “pormenor”: apesar da Kawasaki depositar grande confiança no piloto, a realidade é que Sofuoglu terá, sendo inscrito pela MAHI Racing, uma Ninja ZX-10R com especificação ligeiramente inferior às motos da equipa oficial, o que pode levar a que o próprio piloto não queira arriscar ficar novamente em segundo plano nas SBK.

Brevemente deverão começar a surgir mais novidades sobre a possibilidade de Kenan Sofuoglu e a MAHI Racing passarem para o Mundial de Superbike com a Kawasaki.


Fonte: Motociclsimo.pt

terça-feira, 25 de junho de 2013

segunda-feira, 24 de junho de 2013

sábado, 22 de junho de 2013

sexta-feira, 21 de junho de 2013

Suzuki anuncia retorno à MotoGP para 2015




Depois de ter estado em evidência no dia de teste oficial pós-GP da Catalunha, que ontem se realizou no circuito de Montmeló, os inúmeros fãs do MotoGP, e especialmente da Suzuki, ficaram ainda mais surpreendidos com a recusa da marca japonesa de regressar à competição em 2014 preferindo esperar mais um ano.



Se a nova Suzuki “XRH1” – como o protótipo é atualmente denominado – conseguiu na sua primeira aparição em público rodar a “apenas” sete décimas do melhor tempo do teste, obtido por Jorge Lorenzo, mas mais do que isso, tendo a moto permitido a Randy de Puniet rodar consistentemente em tempos muitos semelhantes e competitivos sem mostrar qualquer problema técnico, então quais as razões que levaram a Suzuki a alterar os planos de regressar em 2014?



Depois do primeiro dia de teste na Europa ter sido classificado como um sucesso, o diretor do projeto de MotoGP da Suzuki, Satoru Terada, acedeu a revelar as razões do adiamento. De acordo com este responsável da Suzuki, o desafio que a marca enfrenta divide-se em duas partes.



O primeiro desafio que a Suzuki terá de ultrapassar é a eletrónica que será instalada na XRH1. De momento a moto tem instalado o mesmo sistema eletrónico que a marca usava na antiga GSV-R 800, fabricado pela Mitsubishi com especificações “secretas” e únicas para a moto da Suzuki.



Dado que a Dorna alterou as regras neste particular, obrigando as equipas de fábrica a utilizarem a eletrónica de controlo Magneti Marelli a partir de 2014, a Suzuki tem ainda de conseguir “transplantar” os seus parâmetros específicos e alterar esses parâmetros para que a sua moto continue competitiva usando uma centralina “generalista”.



Este trabalho, de acordo com Satoru Terada, apenas começará a ser feito no início do outono deste ano, o que inevitavelmente levará a que a Suzuki não consiga garantir que a moto estará pronta a competir de igual para igual no início de 2014. De realçar que a Suzuki ainda não escolheu definitivamente qual a eletrónica a utilizar e, por isso, essa decisão acaba por se refletir no segundo desafio que a marca tem de enfrentar neste regresso: o consumo de combustível!



De acordo com as novas regras da Dorna, as equipas de fábrica que pretendam, podem continuar a desenvolver a sua própria eletrónica – a Yamaha e a Honda já disseram que o vão fazer -, mas em contrapartida vão sofrer uma penalização ao nível do combustível que podem utilizar em corrida, mais concretamente, a quantidade de combustível colocada nos depósitos das motos.



Caso a Suzuki pretenda manter a eletrónica Mitsubishi, e sendo uma equipa de fábrica, o seu protótipo apenas poderá levar em corrida um máximo de 20 litros de combustível. Conseguir completar uma corrida de MotoGP de 120 km pode ser uma “missão impossível”, inclusivamente a Yamaha já está a encontrar muitas dificuldades para o fazer este ano utilizando 21 litros.



Aos jornalistas presentes em Montmeló, Terada afirmou que “isto (consumo de combustível) é muito complicado para nós. Teremos de trabalhar muito ao nível do consumo de combustível”, um desafio que a Suzuki encara como sendo razão mais do que suficiente para adiar o seu regresso ao MotoGP.

Fonte:
Motociclismo.pt

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Ducati no Brasil




Na terça-feira, 18, a Ducati do Brasil reuniu a imprensa para apresentar os planos da marca para a operação no país. Da linha de produtos que estará disponível, passando pela estrutura de pós-venda e chegando às expectativas de crescimento para os próximos cinco anos, a marca mostrou que está apostando forte no mercado brasileiro. A marca italiana anunciou planos mais ambiciosos e uma estrutura mais sólida do que grande parte do segmento esperaria para este primeiro ano da filial brasileira.

Foi a primeira visita de Claudio Domenicali a uma filial desde que ele foi nomeado CEO da Ducati Motor Holding, 2 meses atrás. Além dele, que está na empresa desde 1991, e é o primeiro CEO “made in Ducati”, falaram sobre a empresa e os planos para o Brasil Roberto Righi, diretor de vendas globais e Ricardo Susini, diretor geral da Ducati do Brasil.



Segundo Domenicali, até 2018 o Brasil deverá ser um dos 5 mercados mais importantes da Ducati no mundo. A expectativa é que, até lá, o mercado local represente 7% das vendas da Ducati no mundo. A título de referência, a Ducati comercializou 44 102 motocicletas em todo o mundo em 2012.



Depois da Diavel, o segundo modelo que chegará às concessionárias é a naked Monster 796 ABS, que já está sendo montado na fábrica da Dafra, em Manaus, e começa a ser comercializada a partir de julho por R$ 37 900 em versão única. No final deste ano inicia-se a montagem em regime CKD do terceiro modelo, a Multistrada 1200. A maxitrail nacionalizada chega às lojas em janeiro de 2014, mas ainda em 2013 o modelo será trazido da Itália e estará disponível nas revendas em três versões (standard, 1200 S Touring e 1200 S Pikes Peak). Naturalmente, enquanto for importada o preço (que ainda não foi definido) será mais alto.

Também chegam importados já neste início das operações a naked Streetfighter 848 e as esportivas 848 EVO e 1199 Panigale. Esta última, também será oferecida em todas as versões (standard, 1199 S e a top de linha 1199 R). Completando o line-up, desembarcam por aqui nos próximos meses a renovada Hypermotard e a inédita Hyperstrada.
Para financiamentos e até condições especiais de seguro, a Ducati contará com os serviços da Volkswagen Serviços Financeiros.



Após o encontro com os jornalistas, ocorreu a inauguração da primeira concessionária no Brasil sob a tutela da subsidiária, a Ducati Cidade Jardim, que teve a honra de ser oficialmente aberta por Domenicali. Conforme os planos da marca, além da concessionária na capital paulista, outras nove revendas serão abertas até o final deste ano para atender aos principais mercados do país: Campinas e Ribeirão Preto, SP, Brasília, Goiânia, Curitiba, Florianópolis, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. Das dez concessionárias previstas para 2013, oito estarão abertas até o final de agosto. Em uma segunda etapa, a marca italiana deverá contar com representantes para atender as regiões Norte e Nordeste.

Fonte:
Redação Motociclismo - Gabriel Berardi
Imagens Ducati e Gabriel Berardi

quarta-feira, 19 de junho de 2013

Yamaha apresenta a MT-09 - 3 cilindros

Modelo com visual imponente é equipado com o novo motor tricilíndrico da marca

A Yamaha apresentou nesta terça-feira, 11, na Europa, a nova MT-09, com a intenção de brigar no segmento naked de alta cilindrada. A principal novidade deste modelo da família MT é a adoção do motor tricilíndrico de 847 cm³, que desenvolve potência de 115 cv a 10 000 rpm e 8,9 kgf.m de torque a 8 500 rpm. O peso em ordem de marcha da MT-09 é de 188 kg e 191kg na versão equipada com freios ABS. A marca promete uma entrega de torque muito linear e grande agilidade para um modelo com esses números de desempenho. A posição de pilotagem foi acertada para tornar viável o seu uso no dia-a-dia e para quem procura uma motocicleta para se aventurar em estradas sinuosas e pilotar de forma mais esportiva, o modelo conta com controle de tração (YCC-T) e modos de pilotagem (D-MODE), além do freio ABS, que é opcional.

Entre as características deste novo modelo, o chassi Diamond conta com balança traseira de alumínio, o escape é 3 em 1, na dianteira conta com dois discos flutuantes de 298 mm para o eixo dianteiro e na traseira um disco de 245 mm. Os aros são de liga leve com 10 raios cada, as medidas dos pneus são de 120/70 na dianteira e 180/55 na traseira. A capacidade do tanque de combustível é de 14 litros. O preço de venda do novo modelo ainda não foi divulgado pela marca até o momento.

Galeria de fotos




















Confira o vídeo do lançamento do novo modelo, e clicando em “fotos” você pode ver uma galeria de imagens da MT-09.




Fonte: Motociclismo Terra

Teste Yamaha XT 1200Z SUPER TÉNÉRÉ, um mês ao guidão - Parte 8 - Fim





A Yamaha XT 1200Z Super Ténéré encerrou seu período de 31 dias conosco comprovando ser uma genuína herdeira da tradição da marca em fazer excelentes maxitrails, e por conta disso mesmo deixa entre a dezena de pessoas que se alternaram ao seu guidão durante nossa avaliação um ponto de interrogação: por qual razão suas vendas são tão inferiores à da principal concorrente?



Sim, a Super Ténéré – até as donas de casa sabem – nasceu para brigar “mano a mano” com a rainha da categoria no mundo todo, a alemã BMW R 1200 GS. E para tal não houve economia em tecnologia durante seu projeto, que traz características sofisticadas no que diz respeito à moderindades, na qual se destaca o acelerador eletrônico e os dois modos de gestão da resposta ao acelerador, o nível “Sport” e o mais suave modo “Touring”, adequado à pisos escorregadios, assim como o controle de tração (desligável) em dois níveis, o 1 que quase não permite derrapadas do pneu traseiro e o 2, que deixa alguma chance de fazê-lo deslizar. Além disso, a frenagem ABS, ou UBS (Unified Brake System) combinada na qual rodas traseira e dianteira respondem à ação do manete dianteiro contemporâneamente. Já iniciando a frenagem pelo pedal, há possibilidade de controle individual dos freios em cada roda. Genial, não? Também chamou a atenção o competente painel dotado de um razoável computador de bordo. Nossa Super Ténéré também veio fornida com uma bela “safra” de acessórios opcionais de fábrica, um genuíno mostruário do que a marca tem para equipar o modelo.



O que mais? Ah, o motor: o bicilindro paralelo com oito válvulas e refrigeração líquida exibe uma sofisticação típica dos motores mais elaborados da Yamaha, ou seja, o virabrequim com moentes defasados em 270 graus, ao invés dos mais usuais 180 (um pistão sobe e outro desce) ou 360 graus (os dois sobem juntos). Optando por este arranjo, como na sua superesportiva R1 ou na MotoGP campeã mundial M1, a marca de Iwata explora uma especial sensibilidade ao comando do acelerador, associada evidentemente a um específico modo de envio da potência à roda que, resumidamente, beneficia a capacidade de tração. E porfim há a transmissão final por cardã, opção ditada para reduzir ao máximo a manutenção. Na ciclística, o poderoso chassi tubular de aço é montado em suspensões ultrareguláveis. Aço e não alumínio? Sim, e lembremos que para uma moto-trator, com vocação para receber maus-tratos, maior resistência é mais benéfica que menor peso.



Convenhamos, a receita técnica desta Super Ténéré é realmente especial assim como redundou o depoimento de 100% dos nossos pilotos/colaboardores, encantados com a eficiência da grande Yamaha que… mesmo com tudo isso, vende pouco, quase um terço menos do que as R 1200 GS no Brasil em 2012, e nestes primeiros cinco meses de 2013 continua apanhando, média de 28 Super Ténéré vendidas por mês contra quase 80 BMW R 1200 GS…

Qual a razão? “Carisma da BMW”, justificam uns. “Encanto da grife alemã”, dizem outros. Para nós, que convivemos com a Yamaha nesses 31 dias, a impressão que fica é de que os brasileiros não conhecem bem esta Super Ténéré. Relembram da 1ª, a XT 600 como se fosse uma lenda, e até recordam-se  da bicilíndrica 750, também batizada de “Super” e que durou pouco, do final dos anos 80 até 1996, e da qual ainda se fala muito bem em todos os aspectos. Mas já desta XT 1200Z ninguém sabe muito, é quase uma desconhecida. E mesmo custando menos que a BMW (61 mil contra algo entre 74 e 80 mil) contar com uma rede de revendas Brasil afora que é ridículamente maior à das lojas que vendem as R 1200 GS, a  Super Ténéré é preterida.



Mistérios comerciais à parte (houve também quem tenha justificado as vendas menores à pouca propensão das revendas Yamaha atender bem o cliente de motos “de nicho”, por estrem mais habituados e treinados à legião de fregueses das utilitárias YBRs…) voltemos ao saldo de nossas 31 dias, já tendo avisado que foi amplamente positivo. Deste modo, mais do que ficar enumerando o que é ótimo ou bom, começemos pelo que poderia melhorar.



O alvo nº 1 das reclamações, a potência do farol, mostrou para todos nós que até mesmo especialistas em motocicletas vacilam, e feio, pois ninguém notou que na proteção de acrílico (do grosso), um dos tantos opcionais que equipava nossa moto, havia uma pequena mas importante inscrição: “FOR OFF-ROAD USE ONLY”. Notada pelo colaborador-e-fotófrafo Gustavo Epifânio apenas no finalzinho do teste, concomitantemente alertada pelo atento leitor Renato Campestrini, certamente sem a tal proteção o farol funcionaria melhor. Uhhh, que furo! Todos reclamando e ninguém se tocou que o plasticão “matava” boa parte da luminosidade…



O que mais? Simplesmente irritante é o encaixe do banco que, uma vez removido, exigiu empenho épico para ser colocado no lugar. Problema da unidade ou algo comum à todas Super Ténéré? Proprietários, manifestem-se! Outra “bobagem” chatinha foi creditada por alguns a uma certa aspereza da alavanca de câmbio, assim como houve quem achasse a rumorosidade mecânica do bicilindro Yamaha excessiva mas… alguém lembrou que parte da “bateção”, especialmente quando o motor é ligado frio, se deve aos quase 25 mil quilômetros anotados no hodômetro, que em se tratando de uma moto de frota de fábrica destinada à imprensa equivale ao triplo. Sabe como é que é, todo a “jornalistalhada” que colocou a mão nessa Super Ténéré quis extrair o sumo dela, e daí… já viu!



Apesar de 25 mil km de surra, nos 4.603 km que aplicamos nela o motor se mostrou um portento de saúde durante todo o arco do nosso teste. Não prima, é certo, por uma potência exuberante já que os 110 cv para 261 kg de peso em ordem de marcha (mais malas laterais, mais para-brisa alto…) não colaboram para acelerações de dragster, mas quem disser que a Super Ténéré é chôcha, exagera. Aliás, ninguém disse isso. “Quase isso” disseram, sim, e foi Alberto Trivellato, dono de muitas BMW GS, que julgou a Yamaha menos agressiva na resposta ao acelerador que sua alemã. Por outro lado o mesmo colaborador enalteceu os dotes ciclísticos da Yamaha, estabilidade, maneabilidade e solidez direcional.



Outro aspecto que alguns julgaram “aperfeiçoável” foi o fato de que operar o computador de bordo exige alcançar um pequeno botão no painel para “rodar” as informações, coisa que deveria ser feita através de uma tecla no punho de luz esquerdo, claro. Outro breve crítica veio da turbulência causada pela bolha para-brisa no topo do capacete, que na nossa moto era do modelo grande, opcional. Detalhe curioso é que quem reclamou disso é um piloto de 1,70 m de altura. Outros, mais altos, não chiaram tanto, talvez por conta do tal fluxo de ar atingir a viseira. Todavia, não há dúvida nenhuma sobre a enorme protetividade oferecida pela Super Ténéré, acrescida por outro acessório, os pequenos defletores que ladeiam o painel.




O radiador é pequeno para um motor 1.200cc

O radiador na lateral esquerda, posicionado de maneira insólita, ou seja, sem colher o fluxo de ar de frente como a maioria das motos, gera, quando a ventoinha entra em ação, algum calor na coxa esquerda. Nada de incômodo nesses dias de fim de outono paulista, mas que nas regiões mais quentes poderá causar desconforto, mas frisamos, pequeno. Já a proteção proporcionada por este posicionamento é impar, e difícilmente um tombo irá afetar o radiador, muito menos pedras lançadas por outros veículos em estradas de chão, ou pela própria roda dianteira. E falando em posicionamentos insólitos, cabe lembrar que na Super Ténéré a proteção direita do tanque é uma tampa que esconde a bateria, componentes elétricos e um jogo de ferramentas, evidenciando a vontade dos projetistas de deslocar peso para a dianteira. Aliás, que dianteira! Pregada no solo, a Super Ténéré se deixa levar quase que como fosse uma superesportiva, capaz de apavorar em curvas apesar de a nossa unidade – equipada com os bons Metzeler Tourance – estivesse com o pneu dianteiro meio passado, próximo de seu “the end”. Nos qulômetros que rodamos com ela no off-road, a Super Ténéré nos fez ver o DNA de vencedora do Paris-Dakar ao qual o nome remete ppois apesar de grande e pesada, é uma moto perfeita para pilotar em pé, equilibrada, previsível e “na mão”. 

Voltando ao grande talento desta maxitrail, as viagens, importantíssimo frisar a excelência das malas laterais, dentro das quais há belas bolsas de cordura que facilitam a vida do viajante. Chegou no hotel? Nem precisa tirar as malas rígidas (mesmo porquê a operacão não é das mais fáceis por conta das travas plásticas endurecidas pela água, poeira e terra), basta levar as bonitas bolsas personalizadas. Top case? Tem, mas não veio “trabalhar” em nosso teste. Aquecedor de manopla? Tem também, mas sua aparência é de acessório “gambiarra”. Já os faróis auxiliares conquistaram dez entre dez colaboradores pela competência na função de ajudar a enxergar melhor à frente (já que ninguém sacou que o acrílico era “FOR OFF-ROAD USE ONLY”…).


Dentro das malas há bolsas de cordura removíveis.

Que mais? Ah, o consumo. Alinhado com o que esperávamos, parecido com o da também testada durante um mês, a Kawasaki Versys Grand Tourer,  que difícilmente supera os 19-20 km/l sem o piloto não prestar atenção. Um aspecto ótimo desta Yamaha é que, apesar de grande e pesada, não é o “trambolho” pois mesmo com malas circula bem entre os carros na cidade (o guidão largão avisa quando a fresta é pequena) e manobrá-la parada não exige força de titã, desde que o calço que levanta o banco (uma peça plástica simples e fácil de colocar em pôr) esteja de férias, guardadinho em uma das malas laterais para as eventualidades. Quais eventualidades? Para uso em estrada, pois mesmo os mais baixos vão gostar de viajar com as pernas bem estendidas. Aliás, ponto altíssimo desta Super Ténéré é a espetacular ergonomia, a ótima relação entre a distância do banco (excelente) pedaleiras e guidão. E o mesmo vale para falar do banco traseiro: passageiros e passageiras desta Yamaha a-d-o-r-a-r-a-m  conforto oferecido. O problema é só montar e desmontar, por conta das malas e da altura não indiferente.

Resumo: todos que usaram a Yamaha XT 1200Z Super Ténéré foram gostando cada vez mais dela conforme passavam os quilômetros. Sinal de que ela é melhor do que parece, óbvio, mas de que a Yamaha deveria investir em uma campanha de test-drive junto aos clientes da concorrência e, quem sabe, alcancar a cifra que nos foi dita durante o lançamento em 2011 ser o alvo da empresa: vender 600 motos ano, objetivo do qual jamais chegou nem perto.




Fonte: Revista M.

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